terça-feira, 1 de novembro de 2011
João Calvino: Teólogo, Eclesiástico e Pastor (1509-1564).
A excelência do ministério pastoral e da vida cristã prática sem dúvida alguma passa pelo caminho reflexivo de João Calvino. Alguns relegam Calvino como um teólogo sistemático, árido, outros dizem que foi um homem que trouxe problemas para o campo eclesiológico em virtude de seus estudos sobre predestinação, soberania de Deus etc.
Calvino de fato nesta geração tem sido esquecido, não citado, não estudado, principalmente nos círculos das igrejas livres não tradicionais não históricas. Os poucos materiais em língua portuguesa “ ad fontes ac fontibus” ( ás fontes e a partir das fontes) de Calvino faz ele um desconhecido entre nós pastores.
Ele é lembrado nos livros de história como Reformador ao lado de Lutero, Zuinglio, Knox etc. mais isso nada contribui para a excelência do ministério pastoral que Calvino tanto se dedicou e amou.
Ele também é mencionado no meio acadêmico da ala teológica brasileira principalmente a reformada, calvinista que nutri no tecido da sua teologia um calvinismo brasileiro.
Enquanto escrevo percebo que minha mesa esta rodeada de livros de Calvino, mais também sei que a maioria dos líderes brasileiro não tem nenhum livro dele a não ser uma panfletagem calvinista aliatória. A verdade é que João Calvino servo de Deus gastou horas e até mesmo a sua vida toda escrevendo com fidelidade os comentários da Bíblia como também sua magnífica Institutas e também outros escritos.
Fora isso Calvino infelizmente é uma sombra, uma peça de museu teológico, um desconhecido caricaturado pouco lembrado, pouco querido, pouco desejado, pouco estudado, pouco citado.
A igreja hodierna (hoje) fascinada com o pragmatismo, com o receituário fácil de crescimento, superficialidade doutrinária, não tem conhecido Calvino como um homem de Deus, simples, humilde, espirituoso e de uma habilidade e consciência pastoral que eleva o ministério no patamar excelente.
As igrejas históricas no Brasil não tiveram habilidade como receptora da herança reformada de passar a tradição para as igrejas novas. Fossilizaram-se em sua própria denominação e preconceito e esqueceram de contribuir calvinisticamente para a igreja brasileira.
Um dos importantes comentários que Calvino escreveu sobre a segunda epístola do Apóstolo Paulo aos Coríntios foi lançado em solo brasileiro pelas Edições Parakletos em 1995 com muita dificuldade e desdem, todavia o editor Valter Graciano Martins foi um visionário em manter firme suas convicções diante dos ventos contrários.
Hoje temos vários livros a disposição do leitor graças também a editora Fiel que deu acesso barato para lermos Calvino. Barato e acessível o preço do livro dando assim a chance para os líderes mais simples poder ter em sua prateleira mais duradouro e valioso o aprendizado oriundo desta literatura.
Todavia Calvino é um estranho entre nós. Poucos conhecem ele. Poucos soletram Calvino. Poucos se dedicam a estudar Calvino. Poucos tem a habilidade de ser calvinista sem ser fundamentalista. Poucos tem a esperteza de comunicar Calvino para essa geração.
Carlos Ribeiro Caldas Filho, ministro presbiteriano, mestre em missiologia pelo Centro Evangélico de Missões em Viçosa (MG), doutor em Ciência da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo em seu estudo “ Do Lugar dos Estudos em João Calvino na Formação dos Pastores da Igreja Presbiteriana do Brasil”, mostra que os livros sistemáticos de Strong e de Berkoff marcaram toda uma era na estrutura dos pastores presbiterianos no Brasil do que as Institutas de João Calvino.
Ele mesmo diz que os estudos em Calvino foi relegado a segundo plano e muitos pastores conhecem Calvino só de ouvir falar. Caldas ainda diz
A forte ênfase em estudos em teologia sistemática contribuiu para que se conheça pouco Calvino (...). A ênfase em teologia sistemática na formação dos pastores da IPB contribuiu para que Calvino seja pouco estudado e consequentemente pouco conhecido (...). A IPB será beneficiada se enfatizar estudos em Calvino no processo de preparação formal de seus pastores ( Fides Reformata, 1996,p.52-53).
Devemos mencionar aqui a grande contribuição que a Editora Fiel fez introduzindo vários temas de Calvino em sua revista " Fé Para Hoje - número 35-nov/2009".O tema da Revista era sobre "Calvino 500 anos". Vários autores deram sua contribuição e isso enriqueceu muito nossa visão de João Calvino em suas vários patamares.
O teólogo Franklin Ferreira trabalhou a temática " João Calvino e a Pregaçào das Escrituras". O teólogo Valter Graciano Martins, trabalhou a temática sobre "Calvino Falando Português. Já o Dr. Augusto Nicodemus Lopes repensou "João Calvino e a Universidade". O estudioso Solano Portela trabalhou "O Calvinismo e o Governo Civil". O estudioso Gilson Santos colaborou com o tema "Calvino e a Estética". Harry L. Reeder, teceu comentários sobre " Calvino como Pastor, Evangelista e Missionário. Eric J. Alexander finalizou trabalhando o tema " A Supremacia de Jesus Cristo.
De fato é uma ótima introdução ao mundo dos pensamentos e propósito de Calvino em portugués de maneira sintética , pontual e diretiva. Parabenizamos aqui a Editora Fiel por disponibilizar este material para os cristãos brasileiros.
Nosso interesse em Calvino neste estudo é de cunho poemênico (pastoral) aqui não reside uma teia de “calvinófobos” e nem “calvinólatras”. Desejamos perceber a excelência do ministério cristão na perspectiva dele para a nossa geração.
Estudar Calvino de fato é um pélago prazeroso, pois ele é profundo e no dizer de Barth é uma catarata. Sabemos da limitação equacionada e da complexidade de sintetizar Calvino, todavia a tentativa de olhar para o mestre genebrino é salutar para o (re) descobrimento da pastoral do século XXI e da vida cristã.
João Calvino Teólogo protestante francês nasceu na Picardia, e estudou filosofia na universidade de Paris entre 1523 e 1527. Em 1528, recebeu o grau de mestre em teologia. Em 1536 na Suíça publicou sua grande obra com 26 anos, As Institutas. Calvino faleceu a 27 de maio de 1564, foi um dos grandes teólogos e reformador que sistematizou a teologia.
O teólogo alemão Karl Bart disse que Calvino é uma catarata, uma floresta primitiva, na qual ele se assentaria e passava o resto da sua vida somente com Calvino. (GEORGE,1994,p.164).
Calvino tem tido uma grande influência para a teologia. Seus conceitos e sua lucidez teológica têm ajudado vários teólogos ao longo da história. Alguns pensam que Calvino só tratou a questão da "predestinação", todavia Calvino tem contribuído muito para a teologia pastoral, pois Calvino não foi só um exegeta, teólogo, mas foi pastor e eclesiástico, pois ele fala da igreja em suas Institutas de maneira firme, versa sobre doutrinas centrais da fé, mostra a importância da oração na estrutura pastoral e na igreja e tece comentários profundos nos livros da Bíblia sendo um profundo expositor bíblico e critica de maneira eloqüente os falsos mestres tendo sempre a autoridade das escrituras em punho.
A carreira pastoral de Calvino se deu em Genebra. Ele foi convidado por Guilherme Farel para ajudar estabelecer a reforma protestante naquele lugar. Calvino em 1536, tinha escrito suas Institutas, quatro anos mas tarde ele foi convidado por Farel para ficar em Genebra.
A princípio Calvino estava somente de passagem e recusou o convite feito, porém Farel foi incisivo e até amaldiçoou Calvino e ele entendeu que era um chamado de Deus para a sua vida e aceitou o encargo.
Na cidade de Genebra Calvino pregou, ensinou, visitou, escreveu, organizou a igreja etc. Porém ali na doce Genebra Calvino enfrenta seu primeiro embate pastoral e junto com Farel foi perseguido e expulso da cidade em 1538.
Calvino vai para Estrasburgo e ali é acolhido por Martinho Bucer que convida ele para pastorear os refugiados franceses. Calvino pastoreia essas pessoas durante três anos na qual foi de suma importância para a sua vida. Ali ele casou, perdeu seu filho e ficou viúvo mas com perseverança continuou sua jornada pastoral e acadêmica.
Como pastor sua casa era um lugar de encontro, de refúgio, de aconselhamento, de ajuda, de orientação, de ensino e de conversas. Calvino tinha saúde fraca, debilitada, frágil, mas nada impedia de realizar suas atividades pastorais em Estrasburgo. Ele visitava, escrevia carta, dava estudo, orientava as pessoas, pregava e era muito ativo.
Mais em 1541 pela providência divina João Calvino retorna a Genebra, a Genebra da luta, a Genebra que o expulsou, a Genebra da dor, a Genebra dos dias amargos, a Genebra que Calvino não almejava mais pois se sentia desqualificado de estar ali.
Mas obediente à chamada divina ele retorna para o seu antigo ninho pastoral e quando chega na sua igreja e sobe no púlpito faz questão de abrir a Bíblia na mesma página que tinha pregado seu último sermão.
Agora ali Calvino desenvolve com firmeza, destreza o seu ministério pastoral por mas de vinte anos influenciando profundamente a história da igreja. É bom recordar que Calvino nas suas atividades pastorais viveu uma vida simples.
No início do seu ministério ele passou dificuldades no campo financeiro ao ponto de vender parte de sua biblioteca mas sempre foi fiel ao seu chamado pastoral como pregador, expositor, ensinador, ajudador e articulista da reforma.
Dr. Timothy George em seu livro Teologia dos Reformadores afirma que poucas pessoas na história do cristianismo tem sido tão supremamente estimado ou tão mesquinhamente desprezado como João Calvino.
Timothy tem razão quando diz que Calvino não é um anjo nem um diabo. Ele foi como declarou Lutero para todos os cristãos “ santo e pecador” " simul justus et peccator "(1994,p.167).
Em suas Institutas o reformador João Calvino deixa claro o seu pensamento sobre o ministério pastoral. Ele diz que os pastores de fato devem anunciar o evangelho de Cristo e administrar os sacramentos.
O pastor deve ensinar publicamente e também deve ensinar particularmente conforme diz Paulo (At.20.31). Calvino também salienta sobre a doutrina da disciplina na igreja, pois segundo ele somos atalaias na igreja e não podemos ser negligentes caso contrário Deus irá requerer de nossas mãos o sangue daqueles que pereceram por ignorância ( Ez.3.17,18).
Calvino também dá ênfase ao ministério local e adverte o transito de cá para lá entre os pastores salvo quando uma igreja necessitar da ajuda mútua. Ele diz que cada um deve estar contente no lugar aonde esta “no seu limite”.
O teólogo Timothi George em seu livro Teologia dos Reformadores nos ajuda a compreender a visão de Calvino sobre a Poemênologia. Timothi mostra que para Calvino os temas neotestamentários bispo, ancião (presbítero), ministro, pastor e às vezes mestre, referem- se todos ao mesmo ofício.
Qual é o papel do pastor? Para o reformador é “Representar o Filho de Deus”, “Erigir e estender o reino de Deus”, “Ocupar-se da salvação das almas”, “Governar a igreja, que é patrimônio de Deus” .
Para Calvino cada cidade deveria ter pelo menos um pastor. Para ele a ordenação era um rito solene de instituição ao ofício pastoral, ele referiu a ordenação como um sacramento e admitiu que era conferida graça por meio desse sinal externo.
Para ele os pastores devem ser completamente ensinados nas Escrituras, para que possam instruir corretamente a congregação na doutrina celeste. " Como um pai repartindo o pão em pequenos pedaços para alimentar seus filhos".
Para o reformado a pregação não deve ser apenas sã doutrina mais benefício concreto, ou seja, deve ser prática, aplicável. Calvino de maneira firme e didática diz que o pastor precisa de duas vozes: uma para reunir o rebanho e outra para afugentar os lobos e os ladrões. Para ele o papel disciplinador do pastor exige que sua própria conduta esteja acima de qualquer censura.
Em seu comentário sobre a epístola de Romanos Calvino diz que os ministros devem exercer seu ofício com dedicação e o ensino da palavra de Deus é que forma e instrui a igreja ( Calvino,432-433). Em seu comentário na carta ao Efésios, Calvino traça para nós ministros do evangelho a grande importância do nosso ofício.
Ele declara que o fato da igreja ser governada pela proclamação da Palavra não constitui uma invenção humana, o fato de termos ministros do Evangelho, é um dom divino. Calvino entende que doutrinar é dever de todos os pastores, porém há um dom particular “ mestre”, de interpretar a Escrituras, para que a sã doutrina seja conservada e um homem pode ser doutor mesmo que não seja apto para pregar ( Calvino p. 122)
Calvino diz que ao seu ver os pastores são responsáveis pelo rebanho do Senhor. No seu comentário sobre a epístola aos Hebreus Calvino diz que o escritor ao Hebreus se preocupa com os pastores que exercem seu ministério com lealdade quando escreve para os irmãos ( Hb.13.17).
O escrito aos Hebreus diz que devemos Obedecer e honrar, porém aqueles que são pastores e só possui o título e usam mal o título de pastor e traz vergonha e destruição para a igreja merecem mui pouca reverencia e menos confiança ainda. O ofício ministerial é de tal proporção que envolve as lutas mas renhidas e os perigos mais extremos ( Calvino, p.395-397)
De fato a igreja evangelica brasileira deve redescobrir os pilares da reforma protestante que nada mas é do que voltar para a Palavra de Deus e colocar ela em grande valor no tecido do ministerio pastoral e da vida do cristão normal.
Que Deus Abençoe a todos
Sola Gratia
Estudo realizado pelo
Pastor Carlos Augusto Lopes
em homenagem ao Reformador João Calvino.
HOMENAGEM A REFORMA PROTESTANTE: PILARES DA FÉ EVANGÉLICA: SAÚDE, ENSINO E LEGADO
Martinho Lutero nasceu em 10 de novembro de 1483, no sopé da montanha do Harz na cidade de Eislebem. O reformador Martinho Lutero era filho de um minerador de prata de classe média. O jovem foi destinado para estudar direito, porém, assustado durante uma tempestade perigosa numa estrada próximo de Erfurt, ele prometeu a Santa Ana tornar-se monge caso fosse livre.
Todavia o que levou Lutero a tomar o hábito foi o seu profundo interesse pela própria salvação. Em junho de 1505, antes de completar os vinte e dois anos de idade, Lutero ingressou no Mosteiro Agostinho de Erfurt. Desgostoso com a Igreja Romana em 31 de outubro de 1517, Lutero afixou suas 95 teses na porta da igreja do castelo de Wittenberg e fez a reforma protestante.
Pesquisas recentes no campo da história da reforma diz que Lutero em vez de afixar as 95 teses na porta da igreja do castelo de Wittenberg, ele enviou as teses para o seu bispo Gerônimo Schulz, de Brandemburgo. O fato é que Lutero rompeu com Status quo do tacão da religiao fria, excludente, intimista, clerical, vazia e manca que nutria em sua base uma hermeneutica estranha, confusa e ditatorial, fazendo assim a reforma protestante celebrada e comemorada no dia 31 de outubro "Dia da Reforma".
João Calvino Teólogo protestante francês nasceu na Picardia, e estudou filosofia na universidade de Paris entre 1523 e 1527. Em 1528, recebeu o grau de mestre em teologia. Em 1536 na Suíça publicou sua grande obra com 26 anos, As Institutas.
Calvino faleceu a 27 de maio de 1564, foi um dos grandes teólogos e reformador que sistematizou a teologia, escreveu vários comentários da Bíblia e foi fiel a Deus em seu ministério como pastor, exegeta e reformador. O teólogo alemão Karl Bart disse que Calvino é uma catarata, uma floresta primitiva, na qual ele se assentaria e passava o resto da sua vida somente com Calvino.
A Reforma Protestante tem nos deixado um fabuloso tesouro doutrinário oriundo da própria Palavra de Deus e omitido e esquecido por vários gerações. Muitos foram os servos de Deus que lutaram pela reforma como John Wicliff, João Huss, Savonarola, Zwínglio, Tyndale etc. Para isso, admitimos e transmitimos as verdades da nossa tradição eclesiástica: “Sola Scriptura, Sola Christi, Sola Gratia, Sola Fide, Soli Deo Glória.” São esses cinco termos latinos que devem sintetizar a nossa fé cristã, pois todo o ensino sadio da Bíblia tem aqui seu fundamento clássico.
Sola Scriptura (Somente a Escritura) Segundo Heinrich Heppe, a Sagrada Escritura é única fonte e norma para todo o conhecimento cristão. Logo a base dos ensinamentos é, e sempre será, a Escritura Sagrada, que está acima da tradição, da razão, do pragmatismo, da cultura, acima de tudo. O cristão autêntico deve sempre ser dirigido pela palavra de Deus.
Com Sola Scriptura queremos afirmar que a Bíblia é a palavra de Deus, que ela é inerrante, infalível e que tem autoridade em tudo. Essa doutrina é importante para a purificação, crescimento e preservação da igreja. Segundo a Declaração de Cambridge, “...a obra do Espírito Santo na experiência pessoal não pode ser desvinculada da Escritura. A Bíblia sozinha ensina tudo o que é necessário para a nossa salvação do pecado e é o padrão pela qual todo comportamento cristão deve ser avaliado
Sola Christi (Somente Cristo) Cremos piamente que somente Cristo Jesus, o Filho de Deus, pode salvar o homem (Jo. 3.16), que não existe mais ninguém que possa mediar o homem a Deus (ITm. 2.5), nem justificá-lo, se não for Cristo, o Senhor (Rm. 5.1), pois somente ele e mais ninguém é o caminho a verdade e a vida (Jo.8.33).
É preciso que entendamos que somente ele e mais ninguém pode perdoar os nossos pecados (Jo. 1.29) e nos dar vida eterna (Jo.1 0.10). A Declaração de Cambridge conclui: “Por isso reafirmamos que nossa salvação é realizada unicamente pela obra mediatória do Cristo histórico. Sua vida sem pecado e sua expiação por si só são suficientes para nossa justificação e reconciliação com o Pai”.
Sola Gratia ( Somente a Graça) É a Doutrina da Graça, na Bíblia, que aponta todos os méritos para Cristo. Com a sola gratia queremos afirmar, como igreja de Cristo, que a salvação do homem pecador é obra exclusiva da graça de Deus. O homem pecador não tem poder para se salvar e nem para viver de maneira bíblica, neste mundo.
Como sublinha a Bíblia em Tito 2.11, somente Deus pode ofertar isso para o homem: “Por que a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens”. A Bíblia também diz em Efésios 2.8-9 o seguinte: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus não vem de obras, para que ninguém se glorie”.
Sola Fide (Somente a Fé) É pela graça de Deus que somos justificados, mediante a fé em Cristo Jesus. A fé é um dom de Deus, como diz a Bíblia em Romanos 1.16.17 “Porque não me envergonho do Evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego. Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: O justo viverá da fé”.
A fé salvífica é uma confiança plena no sacrifício de Jesus Cristo por mim, logo, eu obedeço a ele e me sujeito a ele, pois justificado através d’Ele eu vivo de fé em fé. É importante dizer também que a fé não é um sentimento vago. O homem não pode ser salvo se ele não crer inteiramente no sacrifício de nosso Senhor Jesus Cristo (Ef.2:8-9).
Soli Deo Glória (Somente a Deus a Glória) Cremos que o único que pode receber toda a glória é somente Deus (Mt. 5.16; I Cor.10.31; Ef.3.21); que o homem é um ser que glorifica a Deus e não um ser que recebe a glória (Rm. 15.5-6; I. Cor.3.21). O humanismo tem colocado o homem num patamar que a Bíblia não coloca (Jer. 9.24). A Bíblia deixa claro que Deus é o único que pode receber toda a glória (Sal. 29.8; Lc. 2.14; Rm. 11.36), pois tudo vem das Suas mãos — Tanto a graça comum (Sal. 19.1; Mt. 5.45) quanto a graça salvífica (I Co. 6.20). O breve Catecismo de Westminster (1647) sublinha: “Qual é o fim principal do homem? O fim principal do homem é glorificar a Deus e alegrá-lo para sempre". O próprio Jesus Cristo definiu a sua vida e ministério dizendo: "Eu te glorifiquei na terra” (Jo. 17.4) É assim que deve ser a igreja, que é fiel a Deus: Ela deve glorificar a Deus em tudo.
Pastor Carlos Augusto Lopes
Teólogo
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